quinta-feira, 23 de junho de 2011

Questões do capítulo XVIII p.235 a 246


1-    A cibercultura seria forte de exclusão?
Primeira Resposta: É preciso olhar a tendência do crescimento das conexões e não os números. No momento ainda são muitos os excluídos, mas o número de pessoas participando da cibercultura vem crescendo constantemente, sobretudo entre os jovens. Vários países estão de entrada na cibercultura, ou seja, os excluídos serão cada vez menores.
Segunda Resposta: A manutenção do ciberespaço requer habilidades específicas porem, o seu uso requer poucos conhecimentos por causa das interfaces mais intuitivas. Alem disso os preços dos equipamentos necessários para conectar-se e a própria taxa de conexão está cada vez mais acessível.
Terceira Resposta: Todo avanço nas comunicações geram exclusões, pois nem todos aderem o avanço. De forma mais ampla cada UNIVERSAL gera o seu excluído. O universal em formas clássicas jamais engloba o todo.
2-     A diversidade das línguas e das culturas encontra-se ameaçada pelo ciberespaço?
Resposta: Sim. O inglês é hoje a língua padrão da rede, devido às empresas americanas constituir a maioria dos produtos de informações na internet. O medo de um domínio cultural da língua inglesa faz bastante sentido. Porém não é tão grave como parece. De fato, a estrutura técnica e econômica da comunicação no ciberespaço é muito diferente da que existe em relação ao cinema ou à televisão. Em particular a produção e divulgação de informações são muito mais acessíveis para indivíduos que disponham de meios restritos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Perguntas

1) Ao organizar e compartilhar as redes é que se evidencia a inteligência coletiva e esta é potencializada? Explique.

Resposta: A inteligência é potencializada quando se constrói algo. É também um veneno e ao mesmo tempo um remédio da cibercultura.

2) Explique o que é Ciberespaço?
O Ciberespaço é um dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta-se justamente como um dos dois instrumentos privilegiados da inteligência coletiva.


TEXTO: “A tecnologia é determinante ou condicionante?”
1) O que é determinante se a tecnologia não é?

Resposta: Determinante é algo que não podemos escolher, como por exemplo: O frio, o calor e a água.

2) O que é condicionante além da tecnologia?

Resposta: Condicionante é algo possível de se escolher. Exemplo: Time, o que comer, cores.

Texto: “A inteligência coletiva, veneno e remédio da cibercultura”
1) Sabemos que a Inteligência Coletiva, proposta pela cibercultura, constitui um dos melhores remédios para o ritmo desestabilizante. De que forma isso ocorre?

Resposta: Ocorres devido a seu aspecto participativo, socializante, emancipador.

2) Quais são os tipos de formas novas que surgem derivadas das redes digitais e suas características?

Resposta: São diversos tipos de formas novas. Algumas são:
- De isolamento e de sobrecarga cognitiva (estresse pela comunicação e pelo trabalho diante da tela).
- De dependência (vicio na navegação ou em jogos em mundos virtuais).
-De dominação (reforço dos centros de decisão e de controle, domínio quase monopolista de algumas potencias econômicas sobre funções importantes da rede etc).
- De exploração (em alguns casos de tele trabalho vigiado ou de deslocalização de atividades no terceiro mundo).
- E mesmo de bobagem coletiva (rumores, conformismo em rede ou em comunidades virtuais, acúmulo de dados sem qualquer informação, “Televisão interativa”). Desenvolvem-se de forma eficaz graças ao ciberespaço, um de seus principais efeitos é o de acelerar cada vez mais o ritmo da alteração tecno-social.

Texto: “A metáfora do impacto é inadequada”
1) Existe um ponto entre a tecnologia, a sociedade e a cultura?

Resposta: Sim, todas se encontram no ciberespaço, sendo a tecnologia criada pela sociedade e influenciada pela cultura.

2) Será que a tecnologia pode ser comparada com a sociedade e a cultura de forma antagônica?

Resposta: Não, pois a tecnologia é criada pela sociedade.

Texto: “A técnica” ou “As técnicas”?
1) As técnicas utilizadas na produção e distribuição tecnológicas atuais terão influência positiva ou negativa quanto à sua realização seguindo a curva do nascimento e avanço tecnológico?

Resposta: Sim, as técnicas utilizadas terão uma influência positiva, pois de acordo com os passar dos anos as técnicas apenas contribuíram para o melhor funcionamento e desenvolvimento para com a sociedade.

2) Com o passar dos anos estamos ficando cada vez mais escravos das técnicas e meios de produção informatizados. De que forma podemos visualizar isso nos tempos atuais?

Resposta: Podemos visualizar essas técnicas nos tempos atuais através da produção de carros, embalagem de alimentos, produção de roupas, etc. Atualmente temos até jornal virtual, que facilitam bastante a divulgação de informações que tratam sobre as tecnologias que são imprescindíveis no nosso dia-a-dia.

Resumo - A aceleração das alterações técnicas e a inteligência coletiva


A revolução tecnológica torna desatualizado o conhecimento do homem ou mesmo a existência de sua profissão- para as classes sociais e regiões do mundo que não participam da força da criação, produção e apropriação lúdica dos novos instrumentos digitais, para todos esses a evolução técnica parece ser a manifestação de um "outro" ameaçador. Novas tecnologias recobrem na verdade a atividade multiforme de grupos humanos, um dever coletivo complexo que se cristaliza, sobretudo em volta de objetos materiais, de programas de computador e de dispositivos de comunicação. Quanto mais os processos de inteligência coletiva se desenvolvem melhor é a apropriação, por indivíduos e por grupos, das alterações técnicas, e menores são os efeitos de exclusão ou de destruição humana resultantes da aceleração do movimento tecno- social. O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta-se justamente como um dos instrumentos privilegiados da inteligência coletiva;
Ao organizar, ao compartilhar as redes é que se evidencia a inteligência coletiva e esta é pontecializada quando se constrói algo. A inteligência coletiva é também um veneno e ao mesmo tempo um remédio da cibercultura. Nós vemos surgir na história das redes digitais interativas, diversos tipos de formas novas: Estresse pela comunicação e pelo trabalho diante da tela, vício na navegação ou em jogos em mundos virtuais,
De exploração (em alguns casos de tele-trabalho vigiado), processos de inteligência coletiva desenvolvem-se de forma eficaz graças ao ciberespaço. Um de seus principais efeitos é o acelerar cada vez mais o ritmo da alteração tecno-social. A inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo um veneno para aqueles que dela não participam e um remédio para aqueles que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes.

Resumo Pierre Levy


O movimento social da Cibercultura. In: CIBERCULTURA - Pierre Levy Segundo Pierre Levy pode parecer estranho falar em movimento social da cibercultura, mas recorda que a emergência do ciberespaço é fruto de um verdadeiro movimento social da juventude. Levy apresenta como exemplo, do desejo coletivo, o caso do automóvel, que segundo ele, não é fruto unicamente da indústria automotiva, mas também de uma imensa necessidade individual e, cujo aparecimento, deu origem a toda uma rede que vai desde postos de gasolina a revistas especializadas. A informática pessoal não foi prevista nem decidida por governos ou multinacionais, mas sim por um movimento social e em favor dos indivíduos. A comunicação informática foi inventada por um grupo de jovens cultos metropolitanos nos anos 80. Diz Levy que: se a internet constitui o grande “oceano” não podemos esquecer que muitos “rios” como: universidades, redes independentes, associações e as mídias clássicas o alimentam continuamente. Muitos dos indivíduos que contribuíram para o crescimento do ciberespaço são anônimos. A grande importância do ciberespaço está na interconexão em que possibilita que qualquer coisa possa dispor de um endereço na internet. Outro aspecto interessante são as comunidades virtuais que também não exclui as emoções, constituindo, muitas vezes, num complemento ou adicional aos encontros físicos. Os participantes de comunidades on-line desenvolveram ainda uma “netiqueta”, espécie de códigos de leis próprias não escritas na comunicação. As comunidades virtuais é uma construção social baseada no compartilhamento.
Por trás da cibercultura, por trás das comunidades virtuais, inteligência coletiva e interconexão estão como essências, como valores motrizes, a autonomia e a abertura para a alteridade – essas essências são elas mesmas, o que determina a emergência do ciberespaço, da cibercultura.

Resumo: "A inteligência coletiva, veneno e remédio da cibercultura"

Da mesma forma que encontramos suporte para a inteligência coletiva na cibercultura, também observamos na orbita das redes digitais interativas tipos de formas novas de isolamento e de sobrecarga cognitiva, de dependência, de dominação, de exploração e mesmo de bobagem coletiva.

Nos casos em que a inteligência coletiva se desenvolve de maneira eficaz graças ao ciberespaço, ela acaba causando o efeito de acelerar cada vez mais o ritmo da alteração tecno-social, tornando ainda mais necessária a participação ativa na cibercultura, tendendo a excluir de maneira mais radical ainda os que não entram no ciclo positivista da alteração, de sua compreensão e apropriação.

A inteligência coletiva, ao mesmo tempo que favorece a cibercultura, sendo um remédio para os que mergulham em seus turbilhoes e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes, se torna um veneno para aqueles que da cibercultura não participam.

Elaborar um texto que apresente a caracterização da sociologia Weberiana que se diferencia dos marcos positivista e socialista da Sociologia.

Weber, figura dominante na sociologia alemã, com formação histórica consistente, se oporá ao positivismo. Para ele, a pesquisa histórica é essencial para compreensão das sociedades. Essa pesquisa, baseada na coleta de documentos e no esforço interpretativo das fontes, permite o entendimento das diferenças sociais, que seriam, para Weber, de gênese e formação, e não de estágios de evolução.

 Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Para Weber, ao contrário, não existe oposição entre indivíduo e sociedade ; as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob forma de motivação . Cada sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição , por interesses racionais ou pela emotividade .

Sociologia Weberiana

A preocupação em entender o "pensamento social" dentro da nova mudança dos tempos modernos provocados, principalmente, pelo surgimento da Revolução Industrial, fez com que Weber fundasse uma sociologia obcecada pela ideia de regularidade e de ordem, não do ponto de vista da resolução política, mas sim sob o prisma social, a Sociologia Compreensiva ou Interpretativa. Inicialmente, segundo seus ensinamentos, a análise da sociedade se faz a partir do entendimento a respeito do aglomerado das ações individuais. Nessa perspectiva, a sociologia busca a compreensão e análise da ação social, interpretando, assim, suas atividades e elucidando a causalidade de seus efeitos e desenvolvimentos. O sentido subjetivo pelo qual os indivíduos norteiam suas ações no tangente à realidade do ato praticado passa a ser de suma importância na composição do aparato sociológico weberiano. Em outras palavras, e já estabelecendo uma ponte analítica entre o pensamento de Durkheim, o basilar do objeto de estudo de Weber é a percepção do sentido que o indivíduo estabelece com seus atos, abrangendo a sua "estrutura inteligível" e não o estudo às instituições sociais como pregava aquele.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Positivismo x Max

Enquanto o positivismo nega ou ignora o condicionamento histórico-social do conhecimento, quando não coloca a questão da relação entre conhecimento cientifico e classes sociais, encapando assim ao campo conceitual e técnico do positivismo, o marxismo assegura que a história da humanidade é a história da luta de classes sociais. Neste sentido é, que metodologicamente, o positivismo torna-se oposto em sua análise sociológica..
A teoria de Marx é o Materialismo Histórico e seu objeto o Modo de Produção. Marx acreditava que para se apreender a realidade factual(baseado em fatos), pois, esta era que interessava ao seu método, necessário se faz que o sujeito ativo utilize o raciocínio em busca da essência do objeto por meio de leis, categorias e ideias. Marx baseia-se num método objetivo na busca da realidade e esta, depende, a priori, da concepção do sujeito. Todavia, as aparências contêm a essência do objeto, mas, para se alcançar essa essência é necessária uma lapidação profunda desse objeto através de um trabalho constante de pesquisa. É preciso que se perceba a exterioridade que encobre a realidade que está fora do ser. Neste sentido é que Marx parte do abstrato para o concreto, do simples para o complexo, do imediato para o mediato, pois, em seu entender todo ser está envolto de mediações e a realidade não têm sentido em si mesma. É o sujeito quem dá sentido a realidade. O marxismo foi a primeira corrente a colocar o problema do condicionamento histórico e social do pensamento e a “desmascarar” as ideologias de classe por detrás do discurso pretensamente neutro e objetivo dos economistas e outros cientistas sociais.

Constata-se que tanto o Positivismo como o Marxismo são tendências ideológicas historicamente construídas para atender demandas racionais do homem em seus respectivos contextos. Essas vertentes de pensamento foram e, ainda são pujantes na sociedade ocidental como um todo. É a partir dessas tendências que o pesquisador debruça-se sobre seu objeto de pesquisa para ao final tirar suas conclusões sobre a realidade perquirida.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Positivismo na Sociologia como um primeiro modelo de ciência social e a Relação do Positivismo com o Capitalismo.


Pode-se dizer que a oficialização da Sociologia foi uma criação do positivismo. A Sociologia de inspiração positivista visa a criar um objeto autônomo – o social – e a instaurar uma relação de independência entre os fenômenos sociais e econômicos.
        
        Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim; são estes autores que, de modo destacado, iniciarão o trabalho de rever uma série de idéias dos conservadores, procurando dar a elas uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista. É comum encontrarmos a inclusão de Saint-Simon entre os primeiros pensadores socialistas. O próprio Engels rendeu-lhe homenagem reputando algumas de suas descobertas geniais, vendo nelas o germe de futuras idéias socialistas. Mas, por outro lado, ele também é saudado como um dos fundadores do positivismo. Durkheim costumava afirmar que o considerava o iniciador do positivismo e o verdadeiro pai da sociologia, em vez de Comte, que geralmente tem merecido esse destaque. percebia novas forças atuantes na sociedade, capazes de propiciar uma nova coesão social.
      Em sua visão, a nova época era a do industrialismo, que trazia consigo a possibilidade de satisfazer todas as necessidades humanas e constituía a única fonte de riqueza e prosperidade. Acreditava também que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os homens. A função do pensamento social neste contexto deveria ser a de orientar a indústria e a produção. A união dos industriais  com os homens de ciência (Capitalismo e Positivismo), formando a elite da sociedade e conduzindo seus rumos era a força capaz de trazer ordem e harmonia à emergente sociedade industrial. A ciência, para ele, poderia desempenhar a mesma função de conservação social que a religião tivera no período feudal. 
      Os cientistas, ao estabelecerem verdades que seriam aceitas por todos os homens, ocupariam o papel que possuía o clero na sociedade feudal, ao passo que os fabricantes, os comerciantes e os banqueiros substituiriam os senhores feudais. Esta nova elite estabeleceria os objetivos da sociedade, ocupando, portanto, uma posição de mando frente aos trabalhadores. Assim, alinhando o pensamento positivista com o capitalista.

Influência dos Conservadores entre os Sociólogos positivistas.


Os conservadores ou profetas do passado – como, por exemplo, Edmund Burke (1729-1797), Joseph de Maistre (1754-1821) e Louis de Bonald (1754-1840) – cultivavam o pensamento medieval. Por um lado, admiravam a estabilidade, a hierarquia social e as instituições religiosas e aristocráticas do feudalismo e, por outro, combatiam com fervor as idéias iluministas que teriam desencadeado, segundo eles, o trágico e nefasto acontecimento do final do século XVIII – a Revolução Francesa. Aos conservadores não interessava defender o capitalismo que se acentuava cada vez mais. De maneira pessimista, enxergavam a sociedade moderna em decadência, não consideravam nenhum progresso no urbanismo, na industrialização, na tecnologia e no igualitarismo. A sociedade lhes parecia mergulhada no caos, na desorganização e na anarquia. Afirmavam que para haver ordem e coesão social, seria necessário a existência de instituições fortes, tradição e valores morais.
      Ao fazer a crítica da modernidade, inaugurada por acontecimentos como a economia industrial, o urbanismo, a Revolução Francesa, os conservadores estavam tecendo uma nova teoria sobre a sociedade cujas atenções centravam-se no estudo de instituições sociais como a família, a religião, o grupo social, e a contribuição delas para a manutenção da ordem social. Preocupados com a ordem e a estabilidade, com a coesão social, enfatizariam a importância da autoridade, da hierarquia, da tradição e dos valores morais para a conservação da vida social.  
       As idéias dos conservadores constituíam um ponto de referência para os pioneiros da sociologia, interessados na preservação da nova ordem econômica e política que estava sendo implantada nas sociedades européias ao final do século passado. Estes, no entanto, modificariam algumas das concepções dos "profetas do passado", adaptando-as às novas circunstâncias históricas. Estavam conscientes de que não seria possível voltar à velha sociedade feudal e restaurar as suas instituições, como desejavam os conservadores. Alguns dos pioneiros da sociologia, preocupados com a defesa da nova ordem social, chegavam mesmo a considerar algumas idéias dos conservadores como reacionárias, mas ficavam decididamente encantados com a devoção que eles dedicavam à manutenção da ordem e admiravam seus estudos sobre esta questão.      
        E entre os sociólogos positivistas – Saint-Simon, Auguste Comte, Émile Durkheim – que as idéias conservadoras exerceram grande influência. Apesar de admirarem a linha de pensamento conservador, eles acreditavam que devido às novas circunstâncias históricas, seria impossível restaurar as instituições medievais; não seria adaptável. Alguns deles chegavam a afirmar que a "escola retrógrada", por eles considerada imortal, seria sempre merecedora da admiração e da gratidão dos positivistas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Que é Sociologia (Carlos Benedito Martins) resenha 1° Capítulo


CAPÍTULO PRIMEIRO

O Surgimento

       Relata que a sociologia iniciou nas manifestações do pensamento moderno que era uma crítica ao pensamento feudal, e essa estava entrado em decadência, e isso mostrava uma profunda mudança da mentalidade européia. Essas revoluções mexeram profundamente no imaginário do povo europeu do século XVIII e reforçou a crise com o surgimento da revolução industrial. O surgimento da sociologia ocorreu num momento de grande expansão do capitalismo, desencadeado pela dupla revolução, a industrial e a francesa.
      O triunfo da indústria capitalista na revolução industrial desencadeou uma crescente industrialização e urbanização, o que provocou radicais modificações nas condições de existência e nas formas habituais de vida de milhões de seres humanos. Em que a máquina ia substituindo pouco a pouco o labor (trabalho) humano, e a conseqüência era um monte de homens e mulheres que ficavam sem poder produzir nada, pois seu trabalho não podia concorrer com a máquina, pois esta produzia em larga escala, enquanto o artesão precisa de mais tempo para poder produzir, e assim passando necessidade, pois não podia concorrer com a máquina.
      Estas situações sociais radicalmente novas, impostas pela sociedade capitalista, fizeram com que a sociedade passasse a se constituir em "problema".
      Na Inglaterra ocorre a transformação da atividade artesanal para manufaturada, e em seguida para fabril desencadeou um grande êxodo dos camponeses para as grandes cidades urbanas que foram engajadas não somente pelos homens, mas as mulheres e crianças. Estes se submetiam a ganhar um salário inferior ao dos homens. Essas cidades tiveram um grande crescimento demográfico que suas estruturas de moradia e saúde não tiveram como acolher esses migrantes que vinham do meio rural. Com isso, houve o aumento da prostituição, do alcoolismo, infanticídio, da criminalidade, da violência. Por causa da falta de saneamento houve a proliferação dos surtos de epidemia de tifo e cólera. Não esquecendo que com a revolução industrial surge o capitalista como uma nova classe que emergia.
      Com essas transformações surgidas na sociedade abre uma possibilidade de análise, ou seja, surgimento de um objeto a ser investigado.  A sociologia constitui em certa medida de uma resposta intelectual diante das novas situações colocada pela revolução industrial.
       Diante disso, pensadores ingleses da época procuraram extrair dessas novas situações temas para a análise e a reflexão, no objetivo de agir, tanto para manter como para reformar ou modificar radicalmente a sociedade de seu tempo.
Isto foi fundamental para a formação e a constituição de um saber sobre a sociedade.
      Outra circunstância que também influenciou e contribui para a formação da sociologia se deve às transformações ocorridas nas formas de pensamento.
     Graças às discussões metodológicas e filosóficas sobre a política com os iluministas abriu possibilidade para que o "homem comum" da sociedade européia não visse mais as instituições sociais com fenômenos sagrados e imutáveis, mas algo que é criação humana passível de transformações.
      As transformações econômicas que o ocidente europeu presenciou desde o século XVI, provocaram modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura. A partir daí, o pensamento deixa de ter uma visão sobrenatural para a explicação dos fatos da natureza e passa a ser substituído pelo uso da razão.
      O emprego sistemático da razão representou um avanço para libertar o conhecimento do controle teológico, da tradição, da revelação e para a formulação de uma nova atitude intelectual diante dos fenômenos da natureza e da cultura. Essas novas maneiras de produzir e viver, propiciaram um visível progresso das formas de pensar e contribuíram para afastar interpretações baseadas em superstições e crenças infundadas, abrindo conseqüentemente um espaço para a constituição de um saber sobre os fenômenos histórico-sociais.
      Esta crescente racionalização da vida social não era um privilégio somente de filósofos e homens que se dedicavam ao conhecimento, mas também, do homem comum dessa época, que renunciava cada vez mais os fatos submetidos às forças sobrenaturais, passando a percebê-los como produtos da atividade humana, passíveis de serem conhecidos e transformados.
     A revolução francesa, também contribui para o surgimento da sociologia. O objetivo dessa revolução era mudar a estrutura do Estado monárquico e, ao mesmo tempo, abolir radicalmente a antiga forma de sociedade; promover profundas inovações na economia, na política, na vida cultural, etc. Além de desferir seus golpes contra a Igreja. Tais atitudes ocasionaram profundos impactos, causando espanto aos pensadores da época e à própria burguesia, já instalada no poder.
      Diante disso, esses pensadores se encarregam à tarefa de racionalizar a nova ordem e encontrar soluções para o estado de "desorganização" então existente. Mas, para estabelecer esta tarefa seria necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os fatos sociais e instituir uma ciência da sociedade. Assim, pensadores positivistas da época concluíram que, para restabelecer a organização e o aperfeiçoamento na sociedade, seria necessário fundar uma nova ciência.
      E com a inspiração positivista a sociologia procurou construir uma ciência não somente separada da filosofia, como também da economia e da política como base do conhecimento da realidade social. Com esse debate inicia o desejo de modificar o rumo da civilização para poder alterar o funcionamento da sociedade.
      Essa nova ciência assumia como tarefa intelectual repensar o problema da ordem social, ressaltando a importância de instituições como a autoridade, a família, a hierarquia social, destacando a sua importância teórica para o estudo da sociedade. A oficialização da sociologia foi, portanto, em larga medida, uma criação do positivismo que procurará realizar a legitimação intelectual do novo regime. 
                                                                                                                            
MARCELO



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