quarta-feira, 23 de março de 2011

Positivismo na Sociologia como um primeiro modelo de ciência social e a Relação do Positivismo com o Capitalismo.


Pode-se dizer que a oficialização da Sociologia foi uma criação do positivismo. A Sociologia de inspiração positivista visa a criar um objeto autônomo – o social – e a instaurar uma relação de independência entre os fenômenos sociais e econômicos.
        
        Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim; são estes autores que, de modo destacado, iniciarão o trabalho de rever uma série de idéias dos conservadores, procurando dar a elas uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista. É comum encontrarmos a inclusão de Saint-Simon entre os primeiros pensadores socialistas. O próprio Engels rendeu-lhe homenagem reputando algumas de suas descobertas geniais, vendo nelas o germe de futuras idéias socialistas. Mas, por outro lado, ele também é saudado como um dos fundadores do positivismo. Durkheim costumava afirmar que o considerava o iniciador do positivismo e o verdadeiro pai da sociologia, em vez de Comte, que geralmente tem merecido esse destaque. percebia novas forças atuantes na sociedade, capazes de propiciar uma nova coesão social.
      Em sua visão, a nova época era a do industrialismo, que trazia consigo a possibilidade de satisfazer todas as necessidades humanas e constituía a única fonte de riqueza e prosperidade. Acreditava também que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os homens. A função do pensamento social neste contexto deveria ser a de orientar a indústria e a produção. A união dos industriais  com os homens de ciência (Capitalismo e Positivismo), formando a elite da sociedade e conduzindo seus rumos era a força capaz de trazer ordem e harmonia à emergente sociedade industrial. A ciência, para ele, poderia desempenhar a mesma função de conservação social que a religião tivera no período feudal. 
      Os cientistas, ao estabelecerem verdades que seriam aceitas por todos os homens, ocupariam o papel que possuía o clero na sociedade feudal, ao passo que os fabricantes, os comerciantes e os banqueiros substituiriam os senhores feudais. Esta nova elite estabeleceria os objetivos da sociedade, ocupando, portanto, uma posição de mando frente aos trabalhadores. Assim, alinhando o pensamento positivista com o capitalista.

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